sexta-feira, 27 de agosto de 2010

IV Semana Alternativa de Jacarepaguá


Na certeza de que a construção de uma sociedade mais justa e democrática passa pela possibilidade de discutir os seus problemas com os diferentes agentes que a constituem, o Jornal Abaixo-Assinado de Jacarepaguá e os pesquisadores Luciana Araujo e Val Costa realizam a IV Semana Alternativa de Jacarepaguá.

O evento que ocorrerá em comemoração ao aniversário de Jacarepaguá e será realizado dia 18 de setembro de 2010, no Auditório do Campus R9 da Universidade Estácio de Sá, a partir das 14 horas.

Neste ano, teremos duas mesas que discutirão a questão ambiental e a luta por terras na região. Haverá também exposições sobre a história de Jacarepaguá.

Programação:
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14h Abertura do Evento
Apresentação musical dos alunos do Núcleo de Artes da Escola Municipal Silveira Sampaio, regência da professora Thelma Taets - músicas sobre Jacarepaguá tocadas com flauta doce
14:30 1º mesa: QUESTÕES AMBIENTAIS NA BAIXADA DE JACAREPAGUÁ
Palestrantes: Mario Moscateli (biólogo) e Alexandre Pedroso (chefe do Parque Estadual da Pedra Branca)
Mediador: Val Costa
16:00 Apresentação Musical
- Paulinho Thomaz (cantor e compositor de Jacarepaguá)
- Jorge Gomes e Alessandro Pereira (cantores de rap - alunos da escola Municipal Eunice Weaver)
16:30 2º mesa A HISTÓRIA DAS LUTAS FUNDIÁRIAS NA BAIXADA DE JACAREPAGUÁ
Palestrantes: Fladmir Fonseca Guimarães (liderança comunitária do MUP) e Heluana Macedo (historiadora)
Mediador: Almir Paulo
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Exposições
Acervo do Núcleo de Artes do Parque Estadual da Pedra Branca
Acervo Fotográfico do Instituto Histórico de Jacarepaguá
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ENTRADA FRANCA

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Entrevista

No dia 19 de junho, os autores Luciana Araujo e Val Costa, foram entrevistados pelos holandeses, Elke Uitentuis e Wouter Osterholt, que estão no Brasil fazendo um projeto sobre o empreendimento conhecido como Athaydeville, na Barra da Tijuca.
Os pesquisadores entraram em contato com os autores a partir de um artigo escrito pela geógrafa Luciana, intitulado “Barra da Tijuca: o concebido e o realizado”, publicado na revista eletrônica Geopaisagem (http://www.feth.ggf.br/Revista6.htm)
Elke e Woulter, com a ajuda da tradutora Maíra das Neves, quiseram saber a respeito da pesquisa que os autores desenvolvem sobre a região da Baixada de Jacarepaguá. Em um bate-papo de quase duas horas, foram abordados vários aspectos, tais como: a expansão urbana da região, o Plano Piloto para a Barra da Tijuca e Jacarepaguá, a degradação ambiental e as perspectivas sobre o futuro da região.
Além de Luciana e Val, outros estudiosos da Barra da Tijuca também foram entrevistados: os arquitetos Gerônimo Leitão, Vera Rezende e Augusto Ivan de Freiras Pinheiro, o presidente da AciBarra, Ney Robinson Suassuna e Heraldo da Silva, engenheiro e membro da Associação de Compradores das torres, dentre outros.
Os trabalho dos holandeses será concluído em até 3 anos, quando lançarão um site, com a reprodução virtual da Torre Abraham Lincoln, onde será possível acessar todas as entrevistas realizadas por eles. O site estará em português. Segundo os artistas, “o site será uma torre virtual cheia de histórias de diferentes especialistas para refletir sobre o passado e o presente desta área específica e seu ‘modo de vida”.

Mais informações sobre a pesquisa dos artistas, acessem o site deles: http://wouterelke.nl/rio


Na foto: Valdeir, Luciana, Elke e Maíra

domingo, 4 de julho de 2010

A Fazenda da Taquara


A Fazenda da Taquara, popularmente conhecida como Fazenda da Baronesa, localizada na Estrada Rodrigues Caldas, reúne um importante acervo arquitetônico que remonta ao período colonial da nossa história. A Capela de Nossa Senhora dos Remédios e Exaltação da Santa Cruz, construída em 1738, e a casa sede da fazenda, edificada em meados do século XVIII, são dois importantes bens históricos edificados nessas terras.

Essa propriedade, então chamada Engenho de Dentro, foi passada por Antônio Teles de Menezes para o seu filho, Francisco Teles Barreto de Menezes, no ano de 1757. Após a morte de Francisco Teles Barreto de Menezes, em 1806, a propriedade ficou para sua filha mais velha, Ana Inocência Teles de Menezes, que construiu um canal de captação de água do Rio Grande para mover as moendas do engenho. Dona Inocência faleceu em 1836, deixando o engenho para sua sobrinha Ana Maria Teles Barreto de Menezes e para Francisco Pinto da Fonseca, que, em 1837, casaram-se e passaram a residir na casa sede da Fazenda da Taquara. Francisco Pinto da Fonseca e Dona Ana Maria tiveram dois filhos: Maria Rosa e Francisco Pinto da Fonseca Telles, que ficou com as terras do engenho após a morte do pai.

Francisco Pinto da Fonseca Telles foi tenente da 7ª Companhia do Corpo de Cavalaria da Guarda Nacional. Por seus serviços prestados na Guerra do Paraguai, foi nomeado Comendador da Ordem da Rosa. Também foi um grande benfeitor de Jacarepaguá. Doou terrenos para o encanamento dos rios Fortaleza, Ciganos e Olho d`Água, realizou arruamentos e cooperou para a implantação das linhas de bondes na região. Em 21 de outubro de 1882, o Imperador D. Pedro II lhe outorgou o título de Barão da Taquara. Em 3 de maio de 1881, na Capela da Santa Cruz, o Monsenhor Vigário Antônio Marques de Oliveira celebrou o casamento do Barão da Taquara com Leopoldina Francisca de Andrade.

D. Pedro II se hospedou durante dois meses, de novembro a dezembro de 1843, na Fazenda da Taquara. O objetivo era cuidar da saúde da princesa Dona Januária, já que a região, conhecida nessa época como Sertão Carioca, era considerada um local propício para tratamentos de doenças em decorrência do seu ar puro.

Além do tombamento da casa e da capela pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN – pelo Decreto-Lei no. 25, de 30 de novembro de 1937, três iniciativas do poder público visam garantir a integridade desse patrimônio paisagístico e cultural do município. Uma é o Projeto de Lei Nº 1907/2004, que tomba a área que restou da Fazenda da Taquara, com 83.175 m2. A segunda é o Decreto Municipal 21.209/01 que cria a Área de Proteção Ambiental da Fazenda Baronesa. Por fim, a terceira é o Projeto de Lei Nº 1236/2008, que “Tomba a área da Fazenda da Taquara, e dá outras providências”.

A Fazenda da Taquara foi reconhecida, pelo Projeto de Lei Nº 464/2009, como uma das sete maravilhas do bairro de Jacarepaguá, sendo classificada na quarta colocação. Recentemente, a prefeitura da cidade manifestou a vontade de transformar a fazenda em um bosque.

Apesar de ter sido desmembrada em várias glebas nos anos seguintes, a sede da Fazenda e a capela da Santa Cruz ainda pertencem aos descendentes do Barão da Taquara, que preservam essas construções de forma exemplar.

domingo, 4 de abril de 2010

O abandono do Patrimônio Histórico da Baixada de Jacarepaguá


Patrimônio Histórico pode ser definido como um bem material, natural ou imóvel concebido por sociedades do passado e que possuiu importância artística, cultural, religiosa, documental ou estética. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional –IPHAN- é o responsável pela gestão, proteção e preservação do patrimônio histórico e artístico brasileiro. Além desse órgão, o estado do Rio de Janeiro conta também com o Instituto Estadual do Patrimônio Cultural – Inepac- que se dedica à preservação do patrimônio cultural estadual, elaborando estudos, fiscalizando obras, emitindo pareceres técnicos, pesquisando, catalogando e efetuando tombamentos.

Detentora de um dos maiores acervos históricos da cidade, a Baixada de Jacarepaguá possui vários vestígios que remontam ao período do Brasil colonial e que se encontram abandonados pelo poder público. Dentre os quais, destaca-se o Marco 5 (cinco) das Sesmarias da Tijuca, localizado na Estrada do Joá nº 690 e tombado pelo Inepac em 3 de setembro de 1965, através do processo 03/300.396/65.

Em 1565, Estácio de Sá, doou à cidade uma sesmaria de aproximadamente 130 Km2. Essa vasta extensão de terras englobava Barra da Tijuca, São Conrado, Gávea, Leblon, Copacabana, Flamengo, Catete, Gamboa e Saúde, indo até a nascente do Rio Comprido. Em 1753, a Câmara Municipal marcou o perímetro da sesmaria com 21 pedras lavradas, todas com a inscrição CMA, de Câmara. Ao longo dos séculos, esses marcos foram gradativamente sendo destruídos ou aterrados. O único que restou foi o marco localizado em um terreno na Estrada do Joá. Sem qualquer tipo de identificação, esse importante vestígio da história da cidade necessita muito mais que um tombamento, que é um ato de cunho jurídico, mas principalmente de ações efetivas para preservá-lo.

Outro bem tombado, desta vez pelo IPHAN, que desapareceu da nossa paisagem, foi o prédio construído, em 1885, pelo médico-sanitarista Cândido Benício da Silva Moreira. Localizado na Rua Cândido Benício número 2.610, essa residência serviu de moradia para o popular médio até o ano de sua morte, em 1897. Em 8 de março de 1954, foi inaugurado no mesmo prédio o Educandário Nossa Senhora da Vitória, pelo professor João Fernandes da Cruz. Após a morte do seu fundador, em 2000, o terreno começou a ser ocupado por um loteamento e o prédio foi gradativamente destruído.

Pode-se citar ainda o casarão da Fazenda Mato Alto, localizado no bairro da Praça Seca. Essas terras foram vendidas pelo neto do Barão da Taquara, Zezé, no final da década de 1930, ao jornalista do extinto periódico “A Noite”, Geraldo Rocha Este. Em dezembro de 1943, foram compradas pelo Instituto de Pensões e Assistência aos Servidores do Estado – IPASE – que construiu um conjunto habitacional na propriedade no ano de 1956. Ao adquiri-lo, o Instituto cedeu o casarão para o Sr. José Floriano de Souza Portas, que foi o primeiro administrador dessas terras na era IPASE, atuando como guarda florestal da fazenda. Hoje, esse importante vestígio histórico necessita, além de um tombamento urgente dos órgãos competentes, reformas que possam mantê-lo de pé.

A preservação e a conservação do patrimônio histórico, cultural e ambiental é dever de toda a sociedade. Conscientizar as atuais e futuras gerações da importância desses vestígios do passado possibilita formar uma identidade local, fundamental para construir uma cidadania participativa.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

6ª Caminhada Eco-Histórica


No dia 29 de Novembro, o professor Val Costa realizou a 6ª Caminhada Eco-Histórica até a Represa do Camorim. Em um clima de muita descontração, os participantes puderam conhecer um pouco sobre o patrimônio histórico da Baixada de Jacarepaguá, bem como sobre a riqueza natural existente na região. A trilha terminou com um maravilhoso banho de cachoeira no meio de uma luxuriante Mata Atlântica

domingo, 25 de outubro de 2009

Palestra em escola municipal


No dia 23 de outubro, o professor Val Costa ministrou uma palestra na Escola Municipal Pedro Aleixo, localizada na Cidade de Deus.

Foram abordados aspectos históricos e naturais da Baixada de Jacarepaguá, bem como o processo de ocupação da Cidade de Deus.

A escola desenvolve um projeto sobre a história de Jacarepaguá com alunos do 6º Ano.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Ciranda de Autores


No dia 14 de outubro de 2009, os Autores Luciana Araujo e Valdeir da Costa participaram da Ciranda de Autores, conversando sobre seu livro "Desvendando a Barra da Tijuca e Jacarepaguá", com alunos das escolas municipais da região.


O evento foi organizado pela 7º CRE, ligada a Secretaria Municipal de Educação, e ocorreu na Praça Seca.