segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Jacarepaguá: 420 anos de História

Entre 1555 e 1567 a região da Baía de Guanabara foi palco de vários conflitos entre portugueses e franceses. Liderados por Nicolas Durand de Villegagnon, os súditos do rei Henrique II tentaram consolidar uma colônia no Rio de Janeiro, a França Antártica. Durante essa disputa foi fundada, no dia 1º de março de 1565, entre o Pão de Açúcar o morro da Urca, a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Estácio de Sá, seu fundador, morreu em decorrência de uma flechada no rosto, no dia 20 de fevereiro de 1567. Substitui-o no governo da capitania do Rio de Janeiro seu primo, Salvador Correia de Sá. Nesse mesmo ano, o governador doou sesmarias na planície costeira compreendida entre o Maciço da Tijuca, o Maciço da Pedra Branca e o mar para dois auxiliares administrativos: Jerônimo Fernandes e Julião Rangel.

Em 9 de setembro de 1594, os filhos de Salvador Correia de Sá, Martim Correia de Sá e Gonçalo Correia de Sá, solicitaram ao seu pai as terras da Baixada de Jacarepaguá, alegando que os sesmeiros originais não desenvolveram nenhuma atividade econômica nelas. Segundo as Leis de Sesmarias, terras que não eram cultivadas durante o prazo de 30 anos voltavam às mãos da Coroa Portuguesa. Sob esse argumento, os dois irmãos pediram as terras e tiveram sua solicitação atendida.

Uma das lagoas que formam o complexo lagunar dessa planície empresta-lhe o nome, Jacarepaguá, que vem da família linguística Tupi-Guarani, significa “lagoa rasa dos jacarés” (upá=lagoa, guá=rasa  e iakaré=jacaré).


A Lei N.º 5.146, de 7 de Janeiro de 2010, que institui o Calendário Oficial de Eventos e Datas Comemorativas da Cidade do Rio de Janeiro, estabelece o dia 9 de setembro para a comemoração do aniversário de Jacarepaguá.