Entre 1555 e 1567 a região da
Baía de Guanabara foi palco de vários conflitos entre portugueses e franceses.
Liderados por Nicolas Durand de Villegagnon, os súditos do rei Henrique II
tentaram consolidar uma colônia no Rio de Janeiro, a França Antártica. Durante
essa disputa foi fundada, no dia 1º de março de 1565, entre o Pão de Açúcar o
morro da Urca, a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Estácio de Sá,
seu fundador, morreu em decorrência de uma flechada no rosto, no dia 20 de
fevereiro de 1567. Substitui-o no governo da capitania do Rio de Janeiro seu
primo, Salvador Correia de Sá. Nesse mesmo ano, o governador doou sesmarias na
planície costeira compreendida entre o Maciço da Tijuca, o Maciço da Pedra
Branca e o mar para dois auxiliares administrativos: Jerônimo Fernandes e
Julião Rangel.
Em 9 de setembro de 1594, os
filhos de Salvador Correia de Sá, Martim Correia de Sá e Gonçalo Correia de Sá, solicitaram
ao seu pai as terras da Baixada de Jacarepaguá, alegando que os sesmeiros
originais não desenvolveram nenhuma atividade econômica nelas. Segundo as Leis
de Sesmarias, terras que não eram cultivadas durante o prazo de 30 anos
voltavam às mãos da Coroa Portuguesa. Sob esse argumento, os dois irmãos pediram
as terras e tiveram sua solicitação atendida.
Uma das lagoas que formam o
complexo lagunar dessa planície empresta-lhe o nome, Jacarepaguá, que vem da
família linguística Tupi-Guarani, significa “lagoa rasa dos jacarés” (upá=lagoa, guá=rasa e iakaré=jacaré).
A Lei N.º 5.146, de 7 de Janeiro de 2010, que institui o Calendário Oficial de Eventos e Datas Comemorativas da
Cidade do Rio de Janeiro, estabelece o dia 9 de setembro para a
comemoração do aniversário de Jacarepaguá.
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