No
dia 24 de abril de 1969, há exatos 50 anos, Lucio Costa entregava à Negrão de
Lima, o então governador do Estado da Guanabara, o “PLANO-PILOTO PARA A
URBANIZAÇÃO DA BAIXADA COMPREENDIDA ENTRE A BARRA DA TIJUCA, O PONTAL DE SERNAMBETIBA
E JACAREPAGUÁ”.
Lucio
Costa foi convidado para a elaboração deste plano, pois, segundo o Secretário
de Obras Públicas do Governo de Negrão Lima, o Engenheiro Raymundo de Paula
Soares, “tal planejamento não poderia resultar do raciocínio frio de computadores
(...) Trouxemos Lucio Costa com a certeza de que o seu gênio criaria um Rio
mais humano, aliando a beleza selvagem da Baixada às necessidades e ao
progresso da cidade que explodirá nos próximos 30 anos” (extraído
do prefácio do Plano Piloto).
Assim, o Plano Lúcio Costa, como ficou conhecido o projeto
de estruturação urbana da região da Baixada de Jacarepaguá, previa urbanização associada
à preservação do meio ambiente. Esse
Plano propunha para a Barra da Tijuca uma nova forma de organização do espaço:
o crescimento urbano aliado às questões ambientais. Através do controle da expansão urbana, e
pretendia preservar a geografia do lugar, suas belezas naturais como as praias,
as dunas, restingas e lagoas, já que era uma das últimas áreas disponíveis para
onde a cidade poderia se expandir. O
ponto central do Plano era a construção de duas vias principais, a Avenida das
Américas e a Avenida Alvorada (atualmente Avenida Ayrton Senna), que fariam a
ligação de todo o bairro, e a criação de núcleos autônomos; também limitava os
gabaritos para construção dos prédios, previa áreas de preservação, dentre
outros aspectos.
O objetivo principal do Plano-Piloto era o de controlar a
expansão urbana e preservar a geografia do lugar, suas belezas naturais como as
praias, as dunas, restingas, manguezais e lagoas, já que era uma das últimas
áreas disponíveis para onde a cidade poderia se expandir. Nas palavras do arquiteto, para urbanizar a
região era (é) preciso “encontrar a fórmula que permita conciliar a urbanização
na escala em que se impõe, com a salvaguarda, embora parcial, dessas
peculiaridades que importa preservar”.
Ele acreditava que qualquer implementação urbanística para a área
deveria ser feita “sob medida”.
O
Plano Lucio Costa pode ser considerado a primeira etapa do planejamento para a
Barra da Tijuca, e teve como principal resolução a criação das vias de acesso a
baixada pelo poder público. Isso porque,
como se tratava de terras particulares, ao governo cabia somente a criação das
condições de acesso, já que as construções das edificações e dos núcleos
autônomos estariam a cargo da iniciativa privada. O Plano constituía-se, então, em um
regulamentador de diretrizes para a ocupação da área.
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