Os primeiros registros escritos sobre a História da Baixada de Jacarepaguá estão ligados à invasão francesa ao Rio de Janeiro. Desde os primeiros anos do século XVI, os corsários franceses exploravam pau-brasil no atual litoral brasileiro. Em 1555, invadiram o Rio de Janeiro e fundaram uma colônia: a Franca Antártica.
Em 1º de marco de 1565, o sobrinho do Governador-Geral Mem de Sá (1504-1572), Estácio de Sá (1520-1567) “lançou os fundamentos” de uma povoação que recebeu o nome de São Sebastião do Rio de Janeiro. A cidade foi criada com o objetivo de consolidar a presença lusitana na Guanabara, servindo como base para os contra-ataques portugueses. Em uma das investidas francesas, Estácio de Sá foi ferido por uma flechada no rosto, morrendo pouco tempo depois.
Mem de Sá, após expulsar os franceses e antes de retornar para Salvador, então capital da colônia portuguesa, decidiu nomear seu outro sobrinho – Salvador Correia de Sá (1547-1631) – governador do Rio de Janeiro. Em 1567, Salvador Correia de Sá doou sesmarias na região da Baixada de Jacarepaguá para dois portugueses que combateram os franceses: Jerônimo Fernandes e Julião Rangel de Macedo. Entretanto, passados 27 anos, esses portugueses não desenvolveram nenhuma atividade econômica nessas terras. As sesmarias eram grandes extensões de terras doadas a um nobre, que assumia o compromisso de cultivá-las em um prazo determinado e de pagar os impostos cobrados pela Coroa Portuguesa.
Por esse motivo, os filhos de Salvador Correia de Sá – Gonçalo Correia de Sá e Martim Correia de Sá – fizeram uma petição para o pai com o objetivo de obterem a concessão dessa área. A carta de sesmaria que Salvador usou para doar as terras foi passada no dia 9 de setembro de 1594 pelo tabelião da cidade.
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