quarta-feira, 24 de abril de 2019

Plano Lúcio Costa completa 50 anos


No dia 24 de abril de 1969, há exatos 50 anos, Lucio Costa entregava à Negrão de Lima, o então governador do Estado da Guanabara, o “PLANO-PILOTO PARA A URBANIZAÇÃO DA BAIXADA COMPREENDIDA ENTRE A BARRA DA TIJUCA, O PONTAL DE SERNAMBETIBA E JACAREPAGUÁ”.


Lucio Costa foi convidado para a elaboração deste plano, pois, segundo o Secretário de Obras Públicas do Governo de Negrão Lima, o Engenheiro Raymundo de Paula Soares, “tal planejamento não poderia resultar do raciocínio frio de computadores (...) Trouxemos Lucio Costa com a certeza de que o seu gênio criaria um Rio mais humano, aliando a beleza selvagem da Baixada às necessidades e ao progresso da cidade que explodirá nos próximos 30 anos” (extraído do prefácio do Plano Piloto).

          Assim, o Plano Lúcio Costa, como ficou conhecido o projeto de estruturação urbana da região da Baixada de Jacarepaguá, previa urbanização associada à preservação do meio ambiente.  Esse Plano propunha para a Barra da Tijuca uma nova forma de organização do espaço: o crescimento urbano aliado às questões ambientais.  Através do controle da expansão urbana, e pretendia preservar a geografia do lugar, suas belezas naturais como as praias, as dunas, restingas e lagoas, já que era uma das últimas áreas disponíveis para onde a cidade poderia se expandir.  O ponto central do Plano era a construção de duas vias principais, a Avenida das Américas e a Avenida Alvorada (atualmente Avenida Ayrton Senna), que fariam a ligação de todo o bairro, e a criação de núcleos autônomos; também limitava os gabaritos para construção dos prédios, previa áreas de preservação, dentre outros aspectos.  

          O objetivo principal do Plano-Piloto era o de controlar a expansão urbana e preservar a geografia do lugar, suas belezas naturais como as praias, as dunas, restingas, manguezais e lagoas, já que era uma das últimas áreas disponíveis para onde a cidade poderia se expandir.  Nas palavras do arquiteto, para urbanizar a região era (é) preciso “encontrar a fórmula que permita conciliar a urbanização na escala em que se impõe, com a salvaguarda, embora parcial, dessas peculiaridades que importa preservar”.  Ele acreditava que qualquer implementação urbanística para a área deveria ser feita “sob medida”.

O Plano Lucio Costa pode ser considerado a primeira etapa do planejamento para a Barra da Tijuca, e teve como principal resolução a criação das vias de acesso a baixada pelo poder público.  Isso porque, como se tratava de terras particulares, ao governo cabia somente a criação das condições de acesso, já que as construções das edificações e dos núcleos autônomos estariam a cargo da iniciativa privada.  O Plano constituía-se, então, em um regulamentador de diretrizes para a ocupação da área.

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